A imagem da mulher vende. Sempre vendeu.
Mesmo quando ainda aparecia vestida…
A forma lenta como esta imagem foi evoluindo, ao longo do século XX, surpreende-me.
Em 1921, era importante usar Palmolive para manter o marido em estado permanente de paixão.
Hoje, há uma fila de cremes, perfumes, champôs e loções que devem dar a volta ao planeta. O objectivo é, mais ou menos, o mesmo.
Nos anos 30, era importante estar bonita, mesmo depois de um dia de trabalho intenso.
Continua a ser; o local de trabalho é que mudou. E abundam os cereais, os cremes, as vitaminas e as ampolas que nos prometem o mesmo.
1952: quero acreditar que isto já não existe.
Pelo menos, estamos a fazer o percurso correcto: enquanto sociedade, repudiamos a violência doméstica.
Em 1961, surpreende-me esta descontracção na divisão de tarefas: Tu cozinhas, eu como e ofereço-te a Bimby!
Na década de 60, muitas das mulheres já trabalhavam fora de casa, mas tudo continuava igual (e continuou/continua durante muitos anos…).
Nem todos os anúncios antigos são ternurentos e encantadores…
Tal como hoje, retratam a mentalidade de uma época, incluindo o seu lado sombrio.
Encontrei-os no DailyMail.
Os originais estão no Museu Colecção Berardo até 5 de Janeiro de 2014.
24 de Setembro de 2013 às 12:38
Não confirmo nem desminto!
😀
24 de Setembro de 2013 às 13:20
A frase sobre a divisão das tarefas? 😉
24 de Setembro de 2013 às 14:59
Não confirmo nem desminto… 😉
24 de Setembro de 2013 às 17:07
Um homem dos anos 50? Espero que não…
24 de Setembro de 2013 às 21:48
Acho bem interessante o que os anúncios nos “contam” à respeito de costumes e da sociedade de uma maneira geral. E tem momentos que as histórias realmente são de arrepiar…Beijo!
24 de Setembro de 2013 às 23:12
A publicidade reflecte os interesses e a mentalidade de uma sociedade. Nem sempre gostamos de ver-nos assim reflectidos 😦
24 de Setembro de 2013 às 23:21
Um beijo já com cores de Outono, a dar as boas-vindas à Primavera tão bonita que chegou à Forma: Plural. Ana
25 de Setembro de 2013 às 19:46
Que post incrível Ana. Nunca tinha parado para analisar as propagandas antigas, elas realmente refletem muito a história da sociedade. Houveram mudanças boas em relação ao crescimento profissional da mulher, mas como você disse a imagem da mulher vende e hoje, na minha opinião, também é vendida de maneira machista.
25 de Setembro de 2013 às 21:02
Ainda faz sentido ser feminista… Há um longo percurso pela frente até chegarmos à igualdade de direitos e de oportunidades, mesmo nos nossos países. Em África e na Ásia então nem se fala.
30 de Setembro de 2013 às 14:42
É a primeira vez que aqui venho mas estou a adorar o que já li. Fiquei surpreendida com a forma como, até lá fora, a mulher era retratada. Também temos pérolas dessas por cá, em jornais e revistas antigas. Basta ler o “O Livro das Noivas” que por aí andou na altura do Antigo Regime. A minha mãe teve direito a receber um belo exemplar… Só os capítulos introdutórios são de se ficar com o queixo caído no chão…
30 de Setembro de 2013 às 16:02
É uma triste verdade. Ainda vou falar do livro A mulher na sala e na cozinha que, apesar de ter óptimas receitas, apresenta-nos uma mulher sem opção…