Há um mês, lançámos uma promoção no Facebook que deu que falar e que me deu especial satisfação, porque vai ao encontro do que acredito:
-a partilha do que temos (de melhor e) excedentário;
-o regresso à tradição milenar da troca de sementes!
Oferecemos sementes de abóboras da D. Adélia a quem provou o Doce de Abóbora com Frutos Secos Nacionais ou Doce de Abóbora com Laranja e Especiarias!
A problemática da livre circulação de sementes, bem de todos, foi abordada numa crónica de Miguel Esteves Cardoso.
Com o trabalho de Lanka Horstink, coordenadora da campanha pelas sementes livres em Portugal (que conheci através da agenda de Fernanda Botelho) fiquei especialmente sensível a esta questão.
Proibir a troca de sementes entre vizinhos é tão absurdo como proibir os empréstimos e os presentes entre pessoas que se estimam.
Claro que ainda é mais perigoso, porque o que se pretende, a longo prazo, é a monopolização da circulação de sementes por duas ou três multinacionais.
Ou seja, a monopolização total da alimentação.
E o fim da diversidade dos alimentos tradicionais/nacionais.
As sementes são-nos emprestadas pelas flores, pelos frutos, pelos insectos, pelos pássaros.
Portanto, sempre que puder, vou partilhar com os meus amigos muitas sementes!
Mesmo que às vezes possa parecer estranha:
-Pipas? Um saquinho de pipas?!
♥
15 de Junho de 2014 às 9:36
Que tristeza,nem tenho comentários para imbecilidades desta natureza! Vou só deixar votos de bom domingo! Beijinho. 🙂
16 de Junho de 2014 às 12:53
Um boa semana!
Beijinhos!
15 de Junho de 2014 às 11:42
Tens toda a razão, Ana! Uma problemática muito presente e dissimulada dos nossos tempos. Sementes manipuladas geneticamente por algumas multinacionais, substituem as sementes dos nossos ecossistemas. Bonita iniciativa a tua! Beijinhos
16 de Junho de 2014 às 12:53
Já reparaste nas placas que vão surgindo nos campos do Mondego?
Fico sempre triste quando vejo os nossos campos invadidos…
Um abraço!
15 de Junho de 2014 às 17:00
Boa tarde, Ana !
Sempre a aprender !
Nunca tinha ouvido falar de Lanka Horstink .
E tb nada sabia, acerca da proibição da troca de sementes.
É um vale tudo … $$$$$$$$$$…
😦
Beijo,
José
16 de Junho de 2014 às 12:51
Olá José!
Soube com a crónica de Miguel Esteves Cardoso o que se estava a preparar.
A partir daí, comecei a tentar saber mais acerca deste assunto.
É mesmo “um vale tudo”, desde que dê $$$
Um beijo,
Ana
16 de Junho de 2014 às 11:26
Fico revoltada com esta tentativa de proibição. Até porque sei que nos Estados Unidos, esta proibição destruiu os pequenos agricultores por causa das patentes sobre as sementes. É uma vergonha. Ainda bem que por aqui se troca sempre que possível. 😉
16 de Junho de 2014 às 12:48
Nos Estados Unidos, já conseguiram patentear algumas sementes.
Lá as empresas são ainda mais agressivas do que na Europa e a opinião pública desconhece estas questões…
Um abraço!
Queremos um regresso rápido 🙂
17 de Junho de 2014 às 15:30
Já tinha ouvido rumores…algo muito perigoso e que acho que as pessoas ainda não tomaram consciência das implicações…
E esta agora, chamam-se pipas as sementes de abóbora!? 😉 Que giro! Só as conhecias como pevides!
Beijinhos
17 de Junho de 2014 às 22:35
Se estivermos todos atentos, não passará de uma perigosa tentativa…
Não sei se é a nova geração ou se é regional, mas tenho ouvido chamar pipas às sementes das minha abóboras 🙂