Nos anos 70, os lares portugueses deslumbraram-se com os electrodomésticos.
Ora eu pertenço à geração de 70 e vi esse boom: algumas geringonças entraram e subiram directamente para a prateleira mais alta da despensa, mas houve inovações que ficaram até hoje.
A máquina de sumos da minha Mãe: dá tanto trabalho a limpar que, por vezes, evito usá-la só para escapar a esse momento.
Quando a uso fico sempre encantada com o sabor da fruta e com a consistência do sumo.
Sumo de beterraba, laranja e maçã.
Sumo de pêra, maçã e cenoura.
Sumo de laranja, maçã e cenoura.
Faltam os bigodes cor-de-laranja da Beatriz.
♥
A iogurteira veio connosco para Estremoz e é usada todas as semanas.
Não deixo de pensar que os utensílios que pretendiam facilitar a vida doméstica das mulheres são agora demasiado lentos.
Ou melhor, quanto mais rápidos são os objectos que nos rodeiam maior a velocidade a que nós estamos sujeitos.
As inovações não surgem para nos facilitar a vida ou para nos deixar mais tempo livre: aparecem para nos fazer correr mais depressa.
É pena que assim seja!
18 de Novembro de 2014 às 11:57
Tão de acordo com tudo o que escreveste. A saudosa máquina de sumos! Uma odisseia depois para lavar. Mas realmente os sumos são únicos. Quanto ao uso das tecnologias e da gestão do tempo, também é um assunto que me interessa, como de resto podes ver neste post http://panelasemdepressao.wordpress.com/2012/05/20/do-tempo/
Um abraço,
Guida
18 de Novembro de 2014 às 23:41
De facto são mais lentos, mas têm um que de nos fazer regressar a infância e as seus sabores. 🙂
19 de Novembro de 2014 às 0:09
Lembro-me bem dessas máquinas, a minha mãe também as tinha! (queixava-se sempre da limpeza da dos sumos) E que saudades que tenho de um bom iogurte! Ultimamente tenho comido apenas iogurtes naturais (industriais), mas não é a mesma coisa… Beijinhos