–Cada vez gosto mais do campo e de observar a vida das flores!
-Pois… apaixonaste-te por um alentejano.
(Nem todos os alentejanos têm herdades; há alguns mais citadinos do que um nova-iorquino.)
–Cada vez me sinto mais feliz a mexer na terra e a ver as sementes a germinar!
-Foste viver para o Alentejo.
(O Alentejo não é constituído por montes; existem cidades – vivo no centro de uma delas, apenas com um pátio interior que eu vou fingindo que é uma horta…)
Os estereótipos sobre o nosso país são impressionantes… e sobre a vida no campo também.
Muitas vezes são imagens maravilhosas que nós gostamos de guardar na nossa imaginação e que as revistas, blogs e restantes órgãos de comunicação social alimentam.
A nossa casinha pequenina era no campo, no cimo da serra, e vivemos lá durante três anos.
Viver fora do centro da cidade é encantador: na Primavera, no Verão e no Outono.
O Inverno é, quase sempre, desconfortável e pouco acolhedor.
Às vezes, parecia que vivíamos num farol!
Nessa estação, o apartamento aquecido do meu Pai sempre me pareceu o ninho perfeito.
Entretanto, como já não vivo no campo há um ano, esqueço frequentemente o Inverno real e suspiro por estes Invernos de revista.
As primeiras imagens são do blog DustJacket Attic.
As duas últimas imagens são do blog da fantástica (no campo ou na cidade) Mimi Thorisson.
20 de Janeiro de 2015 às 21:51
que lindos “invernos” boa semana! 🙂
21 de Janeiro de 2015 às 12:46
🙂 Isso são imagens muito românticas. Quando vou à horta não ponho o meu melhor xaile. Mas se calhar devia.
Acabo de transportar mais um carregamento de lenha para dentro de casa (a lareira é a única forma de a tornar habitável) e para isso usei o velho e roto casaco preto polar, tamanho XL, o mesmo que vai à horta e etc.
O inverno no campo é duro. Os tapetes da entrada estão sempre carregados de areia, terra e lama que abunda a 20 cm da porta da rua. Sacudo-os diariamente, com uma pontualidade de funcionário público, e retiro sempre uma pá de lixo. Ou duas. Numa tentativa inconseguida de que se espalhe pelo resto da casa.
Os fins de semana, quando há sol, aproximam-se do imaginário idílico dessas fotos. Mas só das 12h às 16h. Anseio pela primavera.
PS – O mesmo calor que sai da lareira e que torna a casa habitável, despertou as formigas que habitam nas paredes, rodapés e chão (típico das velhas casas de campo). Desde Novembro que dedico a primeira meia hora da manhã à limpeza do “formigueiro”. Uiiii
21 de Janeiro de 2015 às 19:05
Como eu te compreendo, Marta!
Quando vivia no campo, os dias ensolarados eram idílicos… até às 16.ooh, mas as noites muito longas!
E por mais que se sacuda há sempre pó e palhinhas pelo chão… e bichinhos…
Também não ia com o meu melhor xaile para o quintal 🙂
29 de Janeiro de 2015 às 21:40
Delícia de fotos! Cada vez mais penso em me mandar para o campo, numa casinha próxima a alguma cachoeira, ou ir mesmo pra praia. Nunca tive a oportunidade de morar num lugar assim, acho que até por isso escolhi minha atual casa, onde tenho 3 pequenos jardins que me fazem muito feliz, de onde colho meus temperos e tenho a chance de ver as plantas se encherem de flores. Beijo!
6 de Fevereiro de 2015 às 22:46
As fotografias são lindas, apetece viver numa casa no campo, sobretudo para quem como eu, vive num apartamento. Sinto falta de um pedacinho de terra onde plantar alguma horta ou simplesmente fazer um jardim. Gosto desse romantismo expresso nas imagens, as roupas quentes, as florestas verdes.