Carl Honoré, impulsionador Slow Movement, diz que as nossas crianças estão assoberbadas de actividades: cansadas, ansiosas e sem espaço para brincar, nas suas agendas tão preenchidas.
A E., colega da Beatriz, tem natação às segundas e sextas; ballet às terças e quintas e música aos Sábados.
Chega a casa, diariamente, às 19:30h, toma banho, janta e dorme, exausta.
Disse à Avó que lhe faltava tempo para brincar.
Eu compreendo os pais da E…. eu também sinto um impulso para proporcionar à Beatriz todas as experiências enriquecedoras que consiga encontrar.
Mas onde está o limite?
A Beatriz tem ballet duas vezes por semana.
Costuma ir alegre e radiante.
-Mãe, hoje não quero ir: quero ficar em casa a brincar com os legos.
-De certeza? Não queres dançar com a E., com a M., com a professora M.,…?
-Não, quero brincar contigo.
Ficámos.
Sem certezas.
Achei que obrigá-la a ir quebrava para sempre uma actividade que se quer, em primeiro lugar, prazerosa.
Como harmonizar o maior número de experiências com um dia excessivamente preenchido?
E com uma filosofia de vida que se pretende, sempre que possível, slow?
Não tenho a resposta, mas definitivamente não quero que a Beatriz tenha uma agenda mais preenchida do que a minha!
A imagem é daqui!
8 de Junho de 2015 às 18:02
Brincaria com a Beatriz, sem grandes dúvidas! Beijinhos. Para as duas princesitas!
8 de Junho de 2015 às 21:16
Foi o que fiz 🙂
Beijinhos e até breve!
8 de Junho de 2015 às 18:31
Assim fossem todas as mães. O equilíbrio entre as obrigações e as devoções diluiu-se. Agora, parece que tudo são obrigações, e o tempo de brincar um luxo a que as crianças não se podem dar!
Boa semana!
Um beijinho,
Mia
8 de Junho de 2015 às 21:17
Estou a sentir isso diariamente, Mia!
Boa semana… com tempo para brincar!
9 de Junho de 2015 às 2:02
Ah, também não acho justo com a molecada! É importante que tenham tempo para observar as coisas ao redor, para brincar, para ver o tempo correr, para ficar um pouco de papo pro ar. Às vezes penso que ter o tempo todo preenchido faz a nossa imaginação desaparecer. Boa semana, bjs!
10 de Junho de 2015 às 15:14
Entendo perfeitamente esse dilema. Vejo a agenda do meu sobrinho e penso na minha quando era miúda… Tinha sempre imenso tempo para brincar ou apenas estar. Mas acho que ceder quando eles tem vontade de ficar a brincar em casa é uma boa técnica para tentar equilibrar as coisas. 🙂 Bjs