Num mundo perfeito não haveria ginásios: passeávamos todos juntos, numa floresta, perto de casa, até o sol se pôr, depois de um dia em que tínhamos caminhado o suficiente para desentorpecer os músculos.
No mundo real, levo uma vida sedentária e o percurso entre o parque de estacionamento e o trabalho é a caminhada mais longa que faço.
O que não significa que não corra durante todo o dia: para me/nos preparar de manhã, para o trabalho, para fazer bem todas as inúmeras tarefas do dia, para ir buscar a Beatriz, para jantar, para deitar a Beatriz… e para cair na cama.
Há dias em que a ansiedade e o stress não param de correr, mas o corpo quase não saiu do sítio.
Tem-me feito bem inverter as correrias: o corpo corre, a mente descansa tranquila, porque não pode fazer mais nada naquele momento.
Só isso explica a quantidade de runner que tem surgido.
O inconveniente do ginásio, para ser honesta, é só um: a selecção musical e o volume da música; de resto já me habituei à minha versão hamster em cima da passadeira.
O melhor que lá ouvi ainda foi esta música em altos berros.
Imaginem o resto!
O melhor do ginásio é, sem dúvida, a aula de Pilatos: só mesmo obrigada é que alongo os músculos e faço movimentos de rotação lentos e suaves!
Com música baixinha!
Imagem: French by Design .
25 de Junho de 2015 às 17:55
Ai está a descrição da nossa vida moderna…também ainda não encontrei solução para a inverter…ou talvez tenha e falta apenas a força para ultrapassar o medo de levar os planos para frente.
Até lá vale-me (não o ginásio) a aula de Yoga para acalmar a mente e esticar o músculo 🙂
27 de Junho de 2015 às 1:40
É verdade. De facto entristece-me que os percursos sejam mais no ginásio e menos a pé, entre locais, rodeados de pessoas. O problema dos ginásios é ainda a disponibilidade de horários que temos para o encaixar na correria das nossas vidas-então com filhos pequenos… E o facto de termos de pagar uma mensalidade por ele. Tenho saudades de caminhadas e da liberdade de poder começar uma atividade às 19 h de um dia de semana 🙂 pelo menos vivo junto ao rio e aos fins de semana sempre caminhamos um pedaço. Já não é mau 😉
1 de Julho de 2015 às 19:50
Como te entendo. Relativamente ao problema musical, resolvi-o levando os meus phones e um mp3 com a minha selecção de musicas.
7 de Julho de 2015 às 14:38
Muitas vezes me sinto como a Alice no país das maravilhas, quando ela se indigna e fala para a rainha que precisa correr duas vezes mais apenas para permanecer no mesmo lugar. Isso é o que vivo atualmente também, com algumas pequenas brechas, onde me dedico a não olhar no relógio e deixo o tempo correr sem pressa. Beijo!
7 de Julho de 2015 às 14:59
Também eu… se bem que às vezes sou o coelho!
Nos fins-de-semana, deixo o relógio fora do pulso, num acto de rebeldia contra a tirania das horas.
Boa semana, Helka!