Um dos livros da biblioteca que proporcionou mais momentos divertidos cá em casa.
Para ser sincera, achei-o, numa primeira impressão, um pouco bizarro, mas é essa diferente percepção que distingue o mundo das crianças do mundo convencional/aborrecido dos adultos.
Para mim, não há nada melhor do que ouvir as risadas da Beatriz e, se forem provocadas por livros, ainda melhor; ou seja, acabei por deixar-me levar e encantar-me por este universo de fantasia total, discurso onomatopaico e ilustrações expressivas.
O Taco tem um bigode espetado para cima (e que pode atingir os 5 metros), “anda descalço, rouba maçãs na mercearia e tem umas orelhas muito grandes das vezes que o pai e a mãe lhas puxaram”… e é muuuito divertido.
O irmão, o Paco, é um senhor, certinho e pontual, sempre preocupado com a metereologia e com as horas.
É mesmo extremamente pontual.
O Taco voa mas o Paco, como todas as pessoas certinhas e pontuais, não consegue tal proeza.
Olha para o irmão a voar e bate com a cabeça no poste da electricidade.
A minha parcialidade em relação às personagens é evidente e a do narrador também.
Um narrador que vê cães a perseguem avionetas que andam na estrada,
macacos em paragens de autocarros,
girafas que comem as floreiras dos prédios mais altos,…
e que acaba por voar com o Taco.
Escrito pelo dramaturgo José Maria Vieira Mendes e ilustrado por Marina Palácio: uma dupla com quem é bom “deixarmo-nos ir”, para utilizar a expressão do narrador momentos antes de levantar voo nas asas de um pelicano.
Edições Afrontamento.
16 de Outubro de 2015 às 9:49
Muito curioso, não conhecia. Obrigada pela partilha! Bom fim-de-semana! Beijinho
17 de Outubro de 2015 às 14:10
Me pareceu um daqueles livros onde a imaginação vai bem longe. Gosto muito disso! Beijo