No meio de tantas rotinas, deveres, obrigações, expectativas, fica um sufoco, uma vontade de gritar Álvaro de Campos:
Não me macem, por amor de Deus!
Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?
Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja de companhia! […]”
Com Álvaro de Campos na cabeça, mas com as obrigações profissionais e domésticas à espera, com as contas por pagar que me impedem de abrandar o ritmo…
Extravaso a rebeldia com um vestido extravagante, um piercing ou com batôn vermelho!
Ena! Ena!
Que insurrecta!