“I don´t know where I´m going from here, but I promise it won´t be boring!”
David Bowie
A vida gira de tal maneira que só reajo verdadeiramente aos acontecimentos (bons e maus) quando tenho tempo, ou seja, meses ou anos mais tarde!
O David Bowie morreu há dois anos?! A sério?!
Testemunhou a parte mais bonita da minha adolescência:
O deslumbramento pela música e pela poesia, o espanto pela diferença, a noção de que as pessoas verdadeiramente livres fazem tudo o que querem, sem complexos, com autenticidade e com as incoerências e mutações que lhe dão o cognome de “camaleónicas”.
Lembro-me de quase recear Bowie, porque não conseguia catalogá-lo:
ele colocava em causa todos os meus estereótipos e distinções (até de género!), mas exercia sobre mim um tal magnetismo que vi dezenas de vezes o filme Absolute Beginners.
Ontem, senti o luto quando ouvi e vi este vídeo, sozinha e com a Beatriz!
Fiquei com a certeza de que devo ao Bowie a recuperação da irreverência que se foi diluindo com o passar dos anos!
Como é que eu me esqueci de que sou “Absolute Begginer”?
“I’ve nothing much to offer
There’s nothing much to take
I’m an absolute beginner
But I’m absolutely sane
As long as we’re together
The rest can go to hell
I absolutely love you
But we’re absolute beginners
With eyes completely open
But nervous all the same
If our love song
Could fly over mountains
Could laugh at the ocean
Just like the films
There’s no reason
To feel all the hard times
To lay down the hard lines
It’s absolutely true
Nothing much could happen
Nothing we can’t shake
Oh, we’re absolute beginners
With nothing much at stake
As long as you’re still smiling
There’s nothing more I need
I absolutely love you
But we’re absolute beginners
But if my love is your love
We’re certain to succeed
If our love song
Could fly over mountains
Sail over heartaches
Just like the films
If there’s reason
To feel all the hard times
To lay down the hard lines
It’s absolutely true”
11 de Fevereiro de 2018 às 9:11
❤ Um legado maravilhoso, que continua a inspirar.
11 de Fevereiro de 2018 às 17:41
Completamente, Joana!
Beijinho!
11 de Fevereiro de 2018 às 14:57
Ah, tu me fizestes viajar ao ano de 2004 quando morreu Susan Sontag. Não soube no dia-mês-ano. Sou depois e tudo passou por mim, sem grande importância. A notícia estava no rodapé de um jornal que alguém lia a minha frente. Estava no trem… a caminho de Nervi. Li, como quem rouba uma fruta da árvore do quintal vizinho. Sabia que ela estava doente, então pareceu certo o desfecho. Apenas isso. Nunca fui uma pessoa ávida por notícia. Eis então que anos mais tarde, compro o diário dela e ao chegar ao final da leitura, o luto aconteceu. Me dei conta do tempo, da vida, arte e também da morte. Estranho… e lá se vão mais de dez anos. Que raios de tempo mais estranho, não?
bacio e bom domingo
11 de Fevereiro de 2018 às 17:41
Estranhos tempos, Lunna!
A velocidade cega-nos, anestesia-nos!
É difícil escapar a esta perigosa centrifugação!
Mais um plano para 2018!
Bacio!
11 de Fevereiro de 2018 às 20:31
Assim com ele e você “ I’ve nothing much to after. também sou destas… Adorei o post. Bjs
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