Ler entrevistas é aprender com os outros.
Durante muito anos, ouvi devotamente o “Pessoal e Transmissível”, de Carlos Vaz Marques, na TSF.
Mais recentemente, tenho lido as entrevistas de Anabela Mota Ribeiro, recentes e mais antigas.
É enriquecedor perceber que há pessoas que cresceram mais do que nós.
Ana Luísa Amaral é escritora e professora na Faculdade de Letras do Porto.
Entrevistada por Anabela Mota Ribeiro, faz uma distinção entre transgressão e subversão, a propósito da vida e da escritora Emily Dickinson.
“Continuo profundamente fascinada com Dickinson. As suas indisciplinas, e são muitas, não são feitas via transgressão. Não rompe, não fractura abertamente. Subverte. A subversão é construir uma versão sob a versão existente e fazer com que essa versão existente se esboroe. É a implosão, é a explosão dentro. Essa ideia de corrosão faz-se sentido.”
Há momentos para transgredir, mas tento que a minha vida seja marcada pela subversão.
Esta imagem subversiva é do blog IGNANT.