Quando era pequena, era uma menina tímida, com covinhas na cara quando sorria e sempre agarrada à saia da Mãe. Com a idade, as covinhas foram desaparecendo e, agora, são quase imperceptíveis, como se pode ver na fotografia à direita.
Segundo o senhor Ulme, tenho razões para ficar preocupada. Já não sou tão adorável, como em criança, o que não me espanta, mas será que quando crescemos nos tornamos, infelizmente, menos humanos?
Estou seriamente preocupada com essa possibilidade.
“-Como é ela? […]
-Tem covinhas na cara.
-Os risórios-de-santorini. Saiba que é um músculo que nem todos os homens têm, um músculo devotado ao riso, só serve para isso. Quem tem covinhas tem risórios-de-santorini, quem não tem covinhas poderá ter ou não. […] estamos a falar de um músculo dedicado ao riso. Ora, como disse Samuel Lieber, o ser humano é o único animal que ri, apesar da taxa de desemprego. E se somos o único animal que ri, então os seres humanos com covinhas devem ser ainda mais humanos, e deve ser esse o motivo do fascínio que essas expressões nos provocam, esse desejo insano de nos apaixonarmos por quem tem esses acidentes na cara. “
16 de Setembro de 2019 às 22:36
Ah, minha cara, não acredito que somos o único animal a rir. Temos essa mania de dizer que somos os únicos em várias coisas. Somos apenas mais um na fila… e não acho que nos tornamos menos humanos, acho que nos colocamos freios e bebemos de certas teorias que a criança não tem. Nós (os adultos) as estragamos, mas para isso existe a poesia, para nos salvar. rs
bacio
17 de Setembro de 2019 às 11:06
Infelizmente, Lunna, acho que somos mesmo únicos em muitas coisas, não necessariamente boas, infelizmente,… Mas estamos mesmo de acordo na última frase: só mesmo a poesia é que nos salva!
Bacio!