Crescer numa cidade como Estremoz é um privilégio.
A cidade é pequena e tranquila; a escola da Beatriz fica a 5 minutos de casa; não há trânsito congestionado; o ambiente é familiar em quase todos os sítios que frequentamos e o ritmo de vida é calmo.
O que me vai preocupando é a falta de diversidade, a todos os níveis. Receio que a Beatriz fique com padrões rígidos que lhe limitem os horizontes.

Este livro aborda o conceito de família ou, melhor, de famílias.

A protagonista, justamente chamada de Esperança, tenta descobrir a que corresponde este conceito para cada colega da sua escola e descobre que as respostas são muito diversas.
Há famílias cujos pais não vivem juntos.

Há famílias constituídas por um adulto e uma criança.

Há famílias com duas mães ou dois pais.

Há famílias que fugiram do seu país e são refugiadas.

O álbum prossegue e motiva muitas reflexões acerca dos vários modelos de família. Até que se chega à fórmula final, a única fórmula válida de família: EU+TU NÓS

Livro recomendado por:
– Associação Portuguesa para a Igualdade Parental e Direitos dos Filhos
– Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens
– Grupo Famílias Arco-Íris da Associação ILGA Portugal
– SFRAA/Quinta de S. Miguel – Casa de Acolhimento Temporário
23 de Março de 2020 às 12:17
Que livro mais delicioso, cara mia.
Gostaria que no Brasil se adotasse algo assim, mas o conservadorismo e o fanatismo certamente não permitiriam. A maioria dos adultos por aqui, preferem alegar que as crianças não entenderiam tal coisa, que seria muito difícil explicar a elas…
Eu considero o contrário, é difícil explicar aos adultos, que se recusam a compreender o verdadeiro sentido-significado da palavra família.
bacio
24 de Março de 2020 às 16:34
Lunna, muitas vezes o problema está na cabeça dos adultos. As crianças centram-se no essencial.
Em Portugal, também não é totalmente pacífico e a verdade é que, com as redes sociais, há certos impedernidos que eu pensava que já não existiam e que surgem com a agressividade própria do quem são.
Um grande abraço!
6 de Novembro de 2020 às 17:28
Excelente artigo, parabéns! Também me interesso pelo assunto, defendo a tese de que a falência das famílias esta escravizando o Brasileiro perante o Estado; as pessoas estão cada vez mais dependentes de pensão e esmola estatal, segundo dados dos IBGE… https://davipinheiro.com/divorcio-sem-justa-causa-como-escravidao-do-brasileiro/
7 de Novembro de 2020 às 17:38
As questões sociais são sempre difíceis de resolver! A miséria financeira nunca vem só; traz consigo a social e cultural, o que dificulta a equação…