Os meus amigos têm uma casa maravilhosa na Rua do Brasil, em Coimbra.
Antiga e recuperada.
Quando eu a contemplava, embevecida, o meu amigo disse:
-Só há um problema com as casas antigas: todos os meses tens uma despesa extra com o carpinteiro, electricista, canalizador ou pedreiro.
Como saí da casa pequenina (antiga casa da minha Avó, dos anos 50) para a casa grande (século XIX), sei bem ao que se referia.
Neste momento, temos andado com uma fixação com o carpinteiro.
E porquê?
Porque a casa de Estremoz, embora seja muito grande, tem pormenores que estão sempre a despertar-nos a imaginação e que não se adequam ao estilo apartamento sueco.
E mesmo o que poderia ser standarizado, não se adequa ao material da parede, demasiado poroso e pouco resistente.
E assim andamos, a guardar imagens e a mostrar ao carpinteiro Marco.
Onde colocar dezenas de fotografias?
Furos na parede?
Poucos: começa a manifestar-se em mim esta fobia antiga do meu Pai.
Uma parede com molduras é suficiente.
Uma solução são as prateleiras finas de pinho não tratado.
Para colocar objectos de que gostamos muito?
Prateleiras de diferentes comprimentos.
E uma na vertical.
E está aqui o apontamento para o Sr. Marco – mês de Julho.
As imagens deste apontamento são do blog inspirador: DustJacket.
A segunda imagem é do blog Las Cositas de Beach & Eau.