Quando mudámos para Estremoz, para além de todas as preocupações próprias de quem muda para outra cidade a 300km, não parei de pensar nos meus gatinhos.
Numa primeira viagem, não consegui trazê-los e valeram-nos/lhes a D.Adélia, de manhã, e a minha Mãe, ao fim da tarde.
Levavam-lhes alimentos e carinho, mas eu sabia que eles estavam habituados a outras mordomias que eu nem sempre conseguia evitar…
Felizmente não estava sozinha e a minha Mãe andava a pensar que estes gatinhos mereciam mais do que duas visitas diárias.
A D. Vitalina gostava de ficar com o Tito.
Pensando bem, até poderia ficar com a Tita, também.
E os dois irmãos já tinham uma casa cheia de afecto que os recebia.
E eu lembrava-me da Pretinha das meias brancas, a única separada dos irmãos, quando a D.Vitalina disse:
-E a pobre da irmã fica sozinha? Nem pensar. Também fica comigo!
Preciso de dizer como fiquei feliz?
Não podia ser melhor: os três gatinhos juntos, numa família que tem condições e vontade de ficar com eles!
E eu cheguei à conclusão que admiro muito as pessoas que colocam o coração à frente das suas conveniências…