Num mundo perfeito não haveria ginásios: passeávamos todos juntos, numa floresta, perto de casa, até o sol se pôr, depois de um dia em que tínhamos caminhado o suficiente para desentorpecer os músculos.
No mundo real, levo uma vida sedentária e o percurso entre o parque de estacionamento e o trabalho é a caminhada mais longa que faço.
O que não significa que não corra durante todo o dia: para me/nos preparar de manhã, para o trabalho, para fazer bem todas as inúmeras tarefas do dia, para ir buscar a Beatriz, para jantar, para deitar a Beatriz… e para cair na cama.
Há dias em que a ansiedade e o stress não param de correr, mas o corpo quase não saiu do sítio.
Tem-me feito bem inverter as correrias: o corpo corre, a mente descansa tranquila, porque não pode fazer mais nada naquele momento.
Só isso explica a quantidade de runner que tem surgido.
O inconveniente do ginásio, para ser honesta, é só um: a selecção musical e o volume da música; de resto já me habituei à minha versão hamster em cima da passadeira.
O melhor que lá ouvi ainda foi esta música em altos berros.
Imaginem o resto!
O melhor do ginásio é, sem dúvida, a aula de Pilatos: só mesmo obrigada é que alongo os músculos e faço movimentos de rotação lentos e suaves!
Com música baixinha!
Imagem: French by Design .