As viagens de comboio fazem parte do meu imaginário.
Ando há meses (bem, há mais de um ano) a prometer uma viagem de comboio à Beatriz.
Enquanto não se concretiza a promessa, viajamos pelo poema do polaco Julian Tuwin.
Entrámos na nossa estação preferida: a Biblioteca de Estremoz.
E avançámos de mão dada com a Mãe.
Ou ao colo do Pai.
O comboio prepara-se para o início da viagem.
Vamos num comboio construído só para nós.
E seguimos embaladas por um poema onomatopaico e carruagens recheadas de surpresas.
Escusado será dizer que demoramos na minha carruagem favorita, num desafio de leitura ritmada que nos agrada muito.
Subimos montes e lemos depressa:
“Por vales, por montes, por túneis, prò mar,
Depressa, depressa pra não se atrasar,
A trote atravessa, o compasso não troca,
Com um baque que bate, com um toque que toca.”
Até que chegamos a casa, onde nos aguardam muitas outras viagens.
E brincadeiras.
Ilustrado por Paulo Galindro.
Traduzido por Gerardo Beltrán e José Carlos Dias.
Da editora QualAlbatroz.