Há um mês, lançámos uma promoção no Facebook que deu que falar e que me deu especial satisfação, porque vai ao encontro do que acredito:
-a partilha do que temos (de melhor e) excedentário;
-o regresso à tradição milenar da troca de sementes!
Oferecemos sementes de abóboras da D. Adélia a quem provou o Doce de Abóbora com Frutos Secos Nacionais ou Doce de Abóbora com Laranja e Especiarias!
A problemática da livre circulação de sementes, bem de todos, foi abordada numa crónica de Miguel Esteves Cardoso.
Com o trabalho de Lanka Horstink, coordenadora da campanha pelas sementes livres em Portugal (que conheci através da agenda de Fernanda Botelho) fiquei especialmente sensível a esta questão.
Proibir a troca de sementes entre vizinhos é tão absurdo como proibir os empréstimos e os presentes entre pessoas que se estimam.
Claro que ainda é mais perigoso, porque o que se pretende, a longo prazo, é a monopolização da circulação de sementes por duas ou três multinacionais.
Ou seja, a monopolização total da alimentação.
E o fim da diversidade dos alimentos tradicionais/nacionais.
As sementes são-nos emprestadas pelas flores, pelos frutos, pelos insectos, pelos pássaros.
Portanto, sempre que puder, vou partilhar com os meus amigos muitas sementes!
Mesmo que às vezes possa parecer estranha:
-Pipas? Um saquinho de pipas?!
♥