A imagem da mulher vende. Sempre vendeu.
Mesmo quando ainda aparecia vestida…
A forma lenta como esta imagem foi evoluindo, ao longo do século XX, surpreende-me.
Em 1921, era importante usar Palmolive para manter o marido em estado permanente de paixão.
Hoje, há uma fila de cremes, perfumes, champôs e loções que devem dar a volta ao planeta. O objectivo é, mais ou menos, o mesmo.
Nos anos 30, era importante estar bonita, mesmo depois de um dia de trabalho intenso.
Continua a ser; o local de trabalho é que mudou. E abundam os cereais, os cremes, as vitaminas e as ampolas que nos prometem o mesmo.
1952: quero acreditar que isto já não existe.
Pelo menos, estamos a fazer o percurso correcto: enquanto sociedade, repudiamos a violência doméstica.
Em 1961, surpreende-me esta descontracção na divisão de tarefas: Tu cozinhas, eu como e ofereço-te a Bimby!
Na década de 60, muitas das mulheres já trabalhavam fora de casa, mas tudo continuava igual (e continuou/continua durante muitos anos…).
Nem todos os anúncios antigos são ternurentos e encantadores…
Tal como hoje, retratam a mentalidade de uma época, incluindo o seu lado sombrio.
Encontrei-os no DailyMail.
Os originais estão no Museu Colecção Berardo até 5 de Janeiro de 2014.