Já sabemos que há ainda um caminho a percorrer até atingirmos a igualdade de género.
Mesmo nos países ocidentais, nos comentários mais inocentes há a supremacia masculina.
Nos livros infantis, surge frequentemente “o médico”, “as enfermeiras”, “a professora”, “o polícia”.
A minha última resolução foi alterar o género das personagens das histórias que leio à Beatriz.
A boneca Nancy das Neves – Médica do Gelo (parecida com esta) é, invariavelmente, confundida com uma enfermeira (sem desprimor para a profissão, como é óbvio; não é isso que está em questão).
As roupas das meninas das lojas têm tanto cor de rosa e brilhantes e frases como “I´m pretty”, Beautifull” e “Dreams come true” !
Nem sei bem como é que “Dreams come true”… se não fizermos nada para que eles se concretizem, se não partirmos à aventura e nos desafiarmos.
Quando vi esta t-shirt tive uma epifania.
Eu não quero que a minha filha seja uma princesa, quero que ela seja uma super-heroína;
quero que ela sonhe e viva e que o seu género nunca seja uma limitação para o tamanho dos seus projectos, nem tolero sequer uma autolimitação inconsciente.
Não posso deixar que comentários, olhares ou modelos discriminatórios a impeçam de acreditar que pode ser super-tudo, sobretudo super-fiel a si própria e às suas vontades… ainda que elas passem por usar tutu.
Aliás, não tenho nada contra as super-heroínas que usam tutus!
Tenho uma cá em casa!
Todas estas super-heroínas estão na loja H&M, uma loja acessível, com algumas preocupações sociais relativas à confecção das suas roupas e mais alternativa em termos de pronto a vestir infantil feminino.