Lilah Ramzí, licenciada em História da Moda, apercebeu-se de que muito do que é desenhado e produzido, hoje, tem as suas raízes no passado.
O blog Part Nouveau vive da comparação destes dois tempos.
Na Esquire Magazine, Virna Lissi, em 1965; na mesma revista, Jessica Simpson, em 2008.
Vogue, 1939, e Mariah Cotillard para Christian Dior, em 2008.
Na Vogue, em 1967, o fotógrafo William Klein; em 2013, o fotógrafo Nagi Sakai segue-lhe as pegadas.
Em 1899, John Singer Sargente pintou The Wyndham Sisters; em 1950, a fotógrafa Cecil Beaton fotografou descendentes desta família.
Art Kane inverteu a imagem e jogou com a perspectiva, em 1970, para a Harper´s Bazaar UK; em 2009, Camilla Akrans fotografa para a T Magazine´s Travel.
Todos trazemos o passado da humanidade connosco e, mais ou menos conscientemente, somos influenciados por esse rasto.
No mundo da moda, é assumido e pode até ajudar a confirmar um artista.
Mas também nas outras artes há sempre uma tendência generalizada, reforçada pelos jornalistas, para encontrar uma nova Amália, uma Cesária, um James Dean, …
É estranho como numa sociedade que persegue a inovação e a ruptura precisamos sempre que o passado nos confirme que vamos no caminho certo.
A chave para vivermos melhor enquanto sociedade?
Despir a arrogância, evitar os erros já cometidos e aprender com as lições de quem já viveu antes de nós.
Sem preconceitos.