Numa entrevista de Mário Cordeiro, li acerca dos vários níveis de afeto;
li acerca dos destinatários dos afectos que, por vezes, usamos de forma indiferenciada – gostar/adorar/amar.
Segundo Mário Cordeiro,
-gostamos de coisas,
-adoramos deuses,
-amamos pessoas.
No meio das pessoas que amamos que cruzam o nosso caminho, há aquelas a quem dedicamos um tipo de amor: o amor oblativo – um amor que cresce, que se manifesta e se entrega, sem condições.
Esse amor só o senti, verdadeiramente, quando conheci a Beatriz.
Um dia, uma amiga, com olheiras e sem artifícios, no meio de uma conversa que tentávamos ter, com gritinhos especialmente embirrantes dos nossos filhos, disse-me:
-é preciso amar muito para conseguir suportar alguns dias e chegar ao fim com sanidade.
É preciso, sim; é preciso um amor oblativo!
A imagem, de Nikki McClure, reflete aqueles momentos raros que nos carregam as baterias da resistência por semanas!
Pronto, aqueles momentos que, antes de termos filhos, pensamos que preenchem todos os nossos dias…
4 de Abril de 2016 às 16:48
Olá , Ana !
Sinceramente ,não conhecia bem o significado de “oblativo “.
Associava …a questões religiosas…deuses.
Já aprendi ! (acho eu )
Boa semana !
beijo,
José
4 de Abril de 2016 às 17:31
José:
É um adjetivo usado no contexto religioso, mas não só… felizmente.
Um abraço,
Ana
5 de Abril de 2016 às 15:10
É um tantão que aprendemos quando conhecemos nossos filhos…Beijo
6 de Abril de 2016 às 10:22
Gosto de “tantão”!!!
E é mesmo, Helka!